Com essa iniciativa, a Siemens espera destravar valores por meio do ganho de sinergias entre os negócios.
A empresa alemã Siemens transfere seu negócio de energia.
A Siemens anunciou sua intenção de transferir o negócio de energia para uma nova empresa, a Siemens Energy, e listá-lo no mercado de ações por meio de uma cisão.
Com essa iniciativa, a Siemens espera destravar valores por meio do ganho de sinergias entre os negócios.
A Siemens é um conglomerado industrial alemão sendo o maior da Europa e um dos maiores do mundo.
A Siemens começou suas atividades em 12 de outubro de 1847, no início, a empresa fabricava equipamentos de telecomunicações, principalmente telégrafos, e foi diversificando sua atuação ao longo dos anos.
Atualmente, a empresa está também nas áreas de material elétrico, sistemas de vigilância, softwares, infraestrutura do setor energético (painéis solares, geradores, aerogeradores, turbinas, etc.), transportes públicos (construção de trens e metrôs), equipamentos hospitalares, automação industrial, serviços financeiros, eletrodomésticos, autopeças, entre outras.
No passado, a empresa teve divisões em outras áreas, como montagem de carros, componentes eletroeletrônicos, softwares e hardwares e telecomunicações.
A Siemens AG também participa de várias joint ventures, principalmente na área de geração de energia e no setor de eletrodomésticos.
O grupo controla ainda várias outras empresas que não levam o nome Siemens, como a fabricante de turbinas Demag Delaval.
A formação do subgrupo foi concluída com êxito em 1º de abril de 2020. A cisão será apresentada aos acionistas para votação na Assembléia Geral Extraordinária de 9 de julho de 2020.
A Siemens Energy possui uma carteira de pedidos de € 81 bilhões.
"Essa iniciativa criará um poderoso player puro no setor de energia e eletricidade com uma configuração única e integrada - uma empresa que abrange todo o escopo do mercado de energia como nenhuma outra empresa"
Composição da nova empresa
Em março, a mídia informou que a Siemens planejava manter apenas uma participação minoritária na Siemens Energy, enquanto venderia cerca de 70% de participação para outras empresas. Um porta-voz da empresa, no entanto, disse que nenhuma decisão foi tomada sobre a participação acionária da Siemens Energy.
A empresa trabalha em parceria com bancos de investimentos no projeto de cisão da nova companhia, que se esperava em uma avaliação de US$ 11 bilhões.
Os possíveis compradores em discussão no mercado incluíam sua rival, a Mitsubishi Hitachi Power Systems. As duas empresas compartilharam a tecnologia da classe F da Westinghouse, que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de produtos subsequentes de turbinas a gás nas duas empresas.
Os negócios da Siemens Gas & Power que inclui o principal negócio de turbinas a gás e vapor, assim como a Siemens Games Renewable Energy, estariam incluídos na Siemens Energy.
Este ano, a Siemens decidiu comprar a participação da Iberdrola na unidade de turbinas eólicas Siemens Gamesa Renewable Energy por cerca de 1,1 bilhão de euros. A Siemens deterá uma participação de 67% no futuro, que será entregue à empresa Siemens Energy.
O setor de energia renovável continua aquecido e as empresas de turbomáquinas que fizeram investimentos nesse setor agora esperam colher os frutos.
A nova Siemens Energy terá cerca de 91.000 funcionários em todo o mundo. Seus produtos incluirão, entre outras coisas, turbinas de ciclo combinado, geradores, transformadores e compressores. Na área de turbinas eólicas, a Siemens Energy detém uma participação de 67% na Siemens Gamesa Renewable Energy.
Como parte do ecossistema da Siemens, a Siemens Energy continuará usando as marcas “Siemens Energy” e “Siemens Gamesa”. Todos os anos, a Siemens Energy pagará uma taxa de licença baseada em margem entre 0,3% e 1,2% da receita.
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